sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ladainha do desespero

A angustia tomou conta de mim, tornando-nos um só ser. E eis que surge você, sempre ao meu lado, nunca questionando nem reprimindo meus atos, sempre me apoiando, alegrando-me, trazendo a paz que sempre busquei e nunca encontrei... Mas por onde andastes? Por que só agora, quando me resta tão pouco tempo aparecestes? Agora e tarde, o fim esta próximo e nada mais podemos fazer para alterar o curso de nossas vidas. E o fim! E só agora aparecestes?  Não, não e justo que as coisas aconteçam dessa forma, não e possível que ninguém vai intervir por nos, não, não pode ser! Infelizmente não tenho mais forças, não consigo mais lutar, fui derrotado pelo meu próprio destino, e agora nada mais me resta a não ser esperar pelo fim. Mas que seja breve, sem ladainhas nem carpideiras, um fim brando e sereno, exatamente como deveria ser todo fim!

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