quarta-feira, 20 de abril de 2011

"Como é bom viver nesse mundo"


Um ditado que sempre ouço é o que diz que para morrer, basta estar vivo. Estranho, mas até estudos estatísticos foram feitos sobre tal ditado. Não sei se recentemente ouvi alguém dizê-lo ou se simplesmente me veio à cabeça, como aqueles pensamentos que vem e vão, sem nenhuma explicação ou como quando ouvimos uma música chata, e que sei lá porque diabo, sem mais nem menos, estamos cantando a dita cuja. O fato é que por alguns dias fiquei encasquetado com isso, e quando lembrei que estou vivo e posso morrer de uma hora pra outra, confesso, fiquei assustado. Não com a morte em si, mas com a possibilidade de deixar tantas coisas inacabadas. Sim, porque o ditado é verdadeiro, aliás, é uma das poucas  frases que não há como contestar. Parece que não existe sentido em fazer tantos planos, já que em um piscar de olhos tudo pode mudar. O que importa é o presente e o resto, que seja como for.

O Sérgio já falou do medo de estar brigado com alguém, e de repente morrer sem antes se reconciliar, isso também me preocupa. Foi aí que resolvi “reconciliar-me” com algumas pessoas, não que houvesse algum tipo de intriga, mas decidi assumir meus erros, e falar, com a maior sinceridade possível o que não me agradava. Feito isso, senti-me tão bem, que fiquei surpreso com o desenrolar das coisas nos dias seguintes. Foi como se um enorme peso saísse das minhas costas e de lá pra cá não consigo expressar o quanto me sinto bem. Sempre achei que não existe problema que não possa ser resolvido, o que falta, muitas vezes é paciência. Mesmo restando tantas coisas a fazer, acho que se morresse hoje, ficaria menos preocupado.

O último livro que li trazia nas primeiras páginas a seguinte frase: "como é bom viver nesse mundo". Acredito que ela seja tão verdadeira como a que diz que para morrer, basta estar vivo. Mesmo que vivamos em um mundo onde se deixa a barba crescer para em seguida matar crianças, acredito nesta frase. Melhor ainda que viver nesse mundo, é viver bem com as pessoas que convivemos, gostando ou não, o importante é estar bem com todos.

Se você duvida do estudo, está aí o link: http://super.abril.com.br/superarquivo/1996/conteudo_35351.shtml